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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Derreta a regra, guarde num pote e isole na lembrança


Conheço a arma que tira a vida dos imortais
sinto o poder das flores especiais
que com seus cristais abrem portais.

Conheço alguns vivos que mais parecem mortos
escuto até hoje as palavras de mortos que mais parecem vivos
seres ativos, bipolarizando energias
30 graus lá fora, pessoas frias, almas vazias.

Pouca escrita, muita escritura
alienação global, atual escravatura
Pouca escultura e o esquecimento da cultura
mentes fechadas, corpos abertos, com medo de altura.

Já vi um cego enxergar mais que um exército
já ouvi um mudo falando alto pelos olhos
senti o cheiro do incolor, a cor do indolor
o amargo do doce,
a vida da morte e a morte da vida.


Texto: João Bertoni
Imagem: Daniel Barcellos, Ervin Co.

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