Hoje, no fim de meus dias de escravidão,
de meus dias de provedor e macho,
tornei-me pai de minha morte!
Logo eu, que não tive filhos, que não tive casa,
que não tive o deus de Jó!
Logo eu, que tive idéias, que tive filosofias,
meus sonhos e monstros empilhados,
como os textos impublicáveis,
que guardamos no armário das coisas nulas,
tornei-me, ultimamente, pai de um fim.
Daí os versos, daí tudo o mais...
onde se diz, um dia, e finalmente:
– Foda-se!
texto: Jõao José
genial essa foto.
ResponderExcluirO texto, maravilhoso, real e uma pena ter que ser escrito.