sábado, 30 de janeiro de 2010
Suinagem
"As pessoas no poder não vão desaparecer voluntariamente, dar flores para os policiais simplesmente não vai funcionar. Esse pensamento é promovido pelo "Establishment"; para eles não há nada melhor que o amor e a não-violência. A única maneira que eu gosto de ver polícias recebendo flores está em um vaso de flores de uma janela alta."
Texto: William S. Burroughs
Beba, beba, beba...
O álcool e as mulheres me proporcionam, devo confessar, o único consolo digno. Confio-lhe este segredo, e não tenha receio de valer-se dele. Compreenderá, então, que a verdadeira libertinagem é libertadora, porque não impõe nenhuma obrigação. Na libertinagem só se possui a si próprio; ela permanece, pois, a ocupação perfeita dos grandes apaixonados por sua própria pessoa. É uma selva, sem futuro nem passado, e, sobretudo, sem promessas nem sanção imediata. Os lugares onde ela se exercita são separados do mundo. Deixa-se, ao entrar, tanto o medo quanto a esperança. A conversa não é obrigatória; o que procuram pode ser obtido sem palavras e, muitas vezes, até sem dinheiro. Ah! Eu lhe peço, deixe-me prestar uma especial homenagem às mulheres desconhecidas e esquecidas que me ajudaram. Ainda hoje, mistura-se à lembrança delas algo semelhante a respeito.
Albert Camus
Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.
Charles Bukowski
Imagem:Jeroen van Aeken, A.k.a Hieronymus Bosch
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Enterre sua TV
Não quero convencer ninguém mas, se me perguntarem porque não há eleições diretas para Presidência há mais de um quarto de século eu responderei (acreditem se quiser) que há pouco menos do que isso o imaginário nacional foi ocupado por uma manipulação de natureza escatológica, muito mais do que escapismo ou válvula de escape, é alienação 100% embrutecedora, chamada novela. Não é arte, diga-se de passagem, aqui não vai nenhum preconceito contra uma fórmula (não há forma) de dominação mental de 120 milhões de humilhados pela gratuidade descartável do universo baixo entretenimento; a fórmula deriva do folhetim, um gênero igualmente periódico, alimentador de sonhos e pesadelos descartáveis, mas com uma incomparável qualidade artística e estilística que a telenovela, infelizmente, não tem... Se tivesse alguma qualidade de informação artística ou cultural, com seu quarto de século de insistência redundante, já teria apresentado. Afora o comportamento (freqüentemente falso, deformado e classista) a novela nada tem a ver com arte ou cultura.
(...)
A cada dia e noite milhões de brasileiros são ludibriados pela gratuidade ostensiva de cenários alheios à encenação, em que a desejável ação interior é substituída pela multiplicação de coadjuvantes que só servem para encher lingüiça ou – suprema descoberta da "modernidade" mais irritante... – o império pouco criativo e previsível do "merchandising" abusivo. Da arte moderna, os clichês; dos efeitos cinematográficos, os defeitos televisivos; da liberação de costumes, a coisificação mercadológica. A fórmula antimágica da novela brasileira só retira e expropria, confisca o público, oprimido pelo custo de vida, sem pão nem circo (mal servido pelo cinema, traído pelo futebol, bombardeado pelo rádio) não tem muitas opções senão suportar o discurso, resistindo à saturação pelo esquecimento de sua criatividade, negada há decadas nas urnas, câmeras e microfones.
O povo brasileiro, tradicionalmente espontâneo e inventivo, se esquece de sua famosa intuição, bossa, sexto sentido através do quê? A novela é um dos mais destacados capítulos da história do desespero alienado de um povo humilhado pela infeliz marcha dos acontecimentos...
Bate-bocas e têtes a tete (reuniões) que só levam à galinhagem pura e simples.
Resultado: a classe média sobrevive sob a síndrome da passarela.
A população não quer ver, nem ouvir com olhos e ouvidos livres, mas tão somente ser vista, aparecer, fazer fama para deitar na cama do sub-sucesso fácil, talvez virar sub-super-star de uma hora para outra, trair sua condição colonial, enganando aos outros e, pior de tudo, a si mesmo. O brasileiro não quer ver mas ser visto. Nem escolher mas ser escolhido pelo sistema babilônico...
Macaquear é preciso... Estão aí os videotismos, cacoetes e maneirismos.
Passar a perna, levar vantagem, tirar proveito próprio explicam mais a nação ocupada pela má-consciência do que o complexo de culpa e a culpabilidade colonial de autores (às vezes competentes, em luta contra o aparelho repressivo no interior da produção/distribuição do sub-produto pasteurizado, censura igualmente primária).
O videotismo é total. Isso sem falar no provincianismo, redundância, ausência de expressão e dicção, mediocrização do ser humano, cretinização da opinião pública, desacerto dos cortes entre uma seqüência e outra, imposição de bandas sonoras importadas de péssima qualidade, mitificação da mediocridade, abuso de autoridade e desrespeito ao próximo, nível ginasiano da representação...
Não falaremos dos comerciais porque aí o panorama é ainda mais desolador.
Rogério Sganzerla, maio de 1988.
A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes.
Criança - A alma do negócio
Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade
Criança - A alma do negócio
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domingo, 24 de janeiro de 2010
No Final Das Pontas...
Minha música lutas contra o sistema que ensina a viver e morrer. Bob Marley
As pessoas temem a morte até mais que a dor. É estranho que eles temam a morte. A vida dói muito mais do que a morte. No momento da morte, a dor acabou. Jim Morrison
Eu vou colocar uma maldição sobre você e todos os seus filhos vão nascer completamente nus. Jimmy Hendrix
Arte: Cliff Maynard, maluco, insano, inalante que faz suas obras de arte de cabeça feita..material usado? pontas de baseados. pega!
http://www.myspace.com/chronicart
http://www.chronic-art.com/
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Arte - Sabotagem
Queima pública de livros – porque caipiras reacionários & funcionários das alfândegas devem monopolizar essa arma? Livros sobre crianças possuídas pelo demônio; a lista de best sellers do The New York Times; tratados feministas contra a pornografia; livros escolares (especialmente de estudos Sociais, Educação Moral e Cívica & Saúde); pilhas do New York Post, Village Voice & outros jornais de supermercado; uma compilação de editoras cristãs; alguns romances populares – uma atmosfera festiva, garrafas de vinho & baseados numa tarde clara de outono.
Se certas galerias & museus merecem, de vez em quando, receber uma tijolada pela janela – não a destruição, mas sim uma sacudida na sua complacência -, então o que dizer dos BANCOS? Galerias transformam beleza em mercadoria, mas bancos transmutam a Imaginação em vezes & dívida. O mundo não ganharia um pouco mais de beleza com cada banco que tremesse... ou caísse?
Não faça piquetes – vandalize. Não proteste – desfigure. Quando feiúra, design podre & desperdícios estúpidos estiverem sendo impostos a você, transforme-se num ludita, jogue o sapato no mecanismo, retalie. Esmague os símbolos do Império, mas não o faça em nome de nada que não seja a busca do coração pela graça.
Não faça piquetes – vandalize. Não proteste – desfigure. Quando feiúra, design podre & desperdícios estúpidos estiverem sendo impostos a você, transforme-se num ludita, jogue o sapato no mecanismo, retalie. Esmague os símbolos do Império, mas não o faça em nome de nada que não seja a busca do coração pela graça.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
iluminismo..anarquia
"Governos precisam de exércitos para protegê-los de seus oprimidos e escravizados súditos."
Imagem: Autor Desconhecido, Publicado no Brasil em 1916 no jornal A Lanterna
Quote: Liev Tolstói
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Diário Do Cotidiano Diário
São 5 a.m. e ele se levanta para mais um dia no batente, o movimento tornara-se praticamente mecânico, o despertador ja se calou, porém, seu berro estridente ainda ecoa em sua cabeça oca enquanto escova os dentes, tentando abrir os olhos colados para ver se encontra-se em um estado no mínimo aceitável, e desistindo logo em seguida.
Anda até o ponto de ônibus e quando se da conta, ja está sendo espremido como um ferro velho, prensando suas energias, dando espaço de sobra para a vontade de servir.
No local em que se encontra estacionado não há janelas, nem dialogos e nem musica, apenas o barulho de seus dedos magros e sem vida, martelando o teclado e o apitar da maquina copiadora, que, incanssávelmente, fabrica cópias e mais cópias da mesma monotonia.
Ao chegar em casa, senta-se na frente da televisão, e começa a absorver, imagens, inalar mediocridade, engolir falssidade e quando finalmente termina de secretar todo o resto de auto-conciência que lhe restava, desliga, deita-se e morre.
Foto: Thiago Guedert (www.flickr.com/photos/thiagoguedert)
Texto: Tomás Melo (Menace)
Anda até o ponto de ônibus e quando se da conta, ja está sendo espremido como um ferro velho, prensando suas energias, dando espaço de sobra para a vontade de servir.
No local em que se encontra estacionado não há janelas, nem dialogos e nem musica, apenas o barulho de seus dedos magros e sem vida, martelando o teclado e o apitar da maquina copiadora, que, incanssávelmente, fabrica cópias e mais cópias da mesma monotonia.
Ao chegar em casa, senta-se na frente da televisão, e começa a absorver, imagens, inalar mediocridade, engolir falssidade e quando finalmente termina de secretar todo o resto de auto-conciência que lhe restava, desliga, deita-se e morre.
Foto: Thiago Guedert (www.flickr.com/photos/thiagoguedert)
Texto: Tomás Melo (Menace)
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Concentração de Renda II
- As 3 pessoas mais ricas do mundo são também mais ricas que os 48 países mais pobres do mundo.
- Os bens das 84 pessoas mais ricas do mundo ultrapassam o produto interno bruto da China com seus um bilhão e trezentos mil habitantes
- As 225 pessoas mais ricas do mundo possuem uma fortuna equivalente ao rendimento anual acumulado de 47% das pessoas (mais pobres) do planeta, ou seja, 3 bilhões de pessoas.
- Bastaria cerca de 4% da riqueza acumulada dessas 225 pessoas mais ricas para dar a toda a população do mundo acesso à satisfação das suas necessidades de base (saúde, educação e alimentação)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Let the Church Die.
"Estamos convencidos de que o pior mal, tanto para a humanidade quanto para a verdade e o progresso, é a Igreja. Poderia ser de outra forma? Pois não cabe à Igreja a tarefa de perverter as gerações mais novas e especialmente as mulheres? Não é ela que, através de seus dogmas, suas mentiras, sua estupidez e sua ignomínia tenta destruir o pensamento lógico e a ciência? Não é ela que ameaça a dignidade do homem, pervertendo suas idéias sobre o que é bom e o que é justo? Não é ela que transforma os vivos em cadáveres, despreza a liberdade e prega a eterna escravidão das massas em benefício dos tiranos e dos exploradores? Não é essa mesma Igreja implacável que procura perpetuar o reino das sombras, da ignorância, da pobreza e do crime? Se não quisermos que o progresso seja, em nosso século, um sonho mentiroso, devemos acabar com a Igreja."
Texto: Mikhail Bakunin
sábado, 2 de janeiro de 2010
Uma Grande Ressaca
Viver neste planeta não é tão agradável quanto poderia ser. É óbvio que alguma coisa não deu certo na espaçonave Terra, mas o quê? Talvez um equívoco fundamental quando a natureza (ou quem quer que tenha sido) resolveu pôr em prática a idéia "Ser Humano". Ora. Por que deveria esse animal andar sobre duas pernas e começar a pensar? Mas, enfim, quanto a isso não há muita escolha - temos que aprender a lidar com esse erro da natureza, isto é, nós mesmos. Erros existem para aprendermos com eles.
Em tempos pré-históricos o negócio não parecia tão mau. Durante o Paleolítico, cinqüenta mil anos atrás, éramos muito poucos. Havia comida abundante (caça e vegetais), e sobreviver exigia só um tempinho de trabalho com esforços modestos. Catar raízes, castanhas ou amoras (não esquecer cogumelos) e matar (ou melhor, pegar na arapuca) coelhos, cangurus, peixes, pássaros ou gamos levava duas a três horas por dia. Repartíamos a carne e os vegetais com os outros e passávamos o resto do tempo dormindo, sonhando, tomando banho de mar e de cachoeira, fazendo amor ou contando histórias. Alguns de nós começaram a pintar as paredes das cavernas, a esculpir ossos e troncos, a inventar novas armadilhas e canções.
Perambulávamos pelos campos em bandos de vinte e cinco, mais ou menos, com um mínimo de bagagem e pertences. Preferíamos climas suaves, como o da África, e não havia civilização para expulsar a gente em direção aos desertos, tundras e montanhas. O Paleolítico deve ter sido mesmo um bom negócio, a se acreditar nos recentes achados antropológicos. É por isso que ficamos nele por milhares de anos - um período longo e feliz, comparado com os dois séculos do atual pesadelo industrial.
Aí alguém começou a brincar com plantas e sementes e inventou a agricultura. Parecia uma boa idéia: não tínhamos mais que andar procurando vegetais. Mas a vida ficou mais complicada e trabalhosa. Éramos obrigados a ficar no mesmo lugar por vários meses, a guardar sementes para o plantio seguinte, a planejar e executar o trabalho nos campos . E ainda precisávamos defender as roças dos nossos primos nômades, caçadores e coletores que insistiam em que tudo pertencia a todo mundo.
Começaram os conflitos entre fazendeiros, caçadores e pastores. Foi preciso explicar aos outros que havíamos trabalhado para acumular nossas provisões, e eles nem tinham uma palavra para trabalho.
O planejamento, a reserva de comida, a defesa, as cercas, a necessidade de organização e autodisciplina abriram caminho para organismos sociais especializados como igrejas, comandos, exércitos. Criamos religiões com rituais de fertilidade para nos manter convictos da nossa nova escolha de vida. A tentação de voltar à liberdade de caçadores e coletores deve ter sido uma ameaça constante; e, fosse com patriarcado ou matriarcado, estávamos a caminho da instituição, família e propriedade.
Com o crescimento das antigas civilizações na Mesopotâmia, Índia, China e Egito, o equilíbrio entre os humanos e os recursos naturais estava definitivamente arruinado. Programou-se aí o futuro enguiço da espaçonave. Organismos centralizadores desenvolveram sua própria dinâmica; tornamo-nos vítimas da nossa criação. Em vez de duas horas por dia, trabalhávamos dez ou mais nos campos ou nas construções dos faraós e césares. Morríamos nas guerras deles, éramos deportados como escravos quando eles resolviam, e quem tentasse voltar à liberdade anterior era torturado, mutilado, morto.
Com o início da industrialização as coisas não melhoraram. Para esmagar as rebeliões na lavoura e a crescente independência dos artesãos nas cidades, introduziu-se o sistema de fábricas. Em vez de capatazes e chicotes, usavam máquinas. Elas comandavam nosso ritmo de ação, punindo automaticamente com acidentes, mantendo-nos sob controle em vastos galpões. Mais uma vez progresso significava trabalho e mais trabalho, em condições ainda mais assassinas. A sociedade inteira, em todo o planeta, estava voltada para uma enorme Máquina do Trabalho. E essa Máquina do Trabalho era ao mesmo tempo uma Máquina da Guerra para qualquer um - de dentro ou de fora - que ousasse se opor. A guerra se tornou industrial, como o trabalho; aliás, paz e trabalho nunca foram compatíveis. Não se pode aceitar a destruição pelo trabalho e evitar que a mesma máquina mate os outros; não se pode recusar a própria liberdade sem ameaçar a liberdade alheia. A Guerra se tornou tão absoluta quanto o Trabalho.
A nova Máquina do Trabalho criou grandes Ilusões sobre um futuro melhor. Afinal, se o presente era tão miserável, o futuro só podia ser melhor. Até mesmo as organizações de trabalhadores se convenceram de que a industrialização estabeleceria bases para uma sociedade mais livre, com mais tempo disponível, mais prazeres. Utopistas, socialistas e comunistas acreditaram na indústria. Marx pensou que com essa ajuda os humanos poderiam caçar, fazer poesia, gozar a vida novamente. (Pra que tanta volta?) Lenin e Stalin, Castro e Mao e todos os outros pediram Mais Sacrifício para construir a nova sociedade. Mas mesmo o socialismo não passava de um novo truque da Máquina do Trabalho, estendendo seu poder às áreas onde o capital privado não chegaria. À Máquina do Trabalho não importa ser manejada por multinacionais ou por burocracias de Estado, seu objetivo é sempre o mesmo: roubar nosso tempo para produzir aço.
A Máquina do Trabalho e da Guerra arruinou definitivamente nossa espaçonave e seu futuro natural: os móveis (selvas, bosques, lagos, mares) estão em farrapos; nossos amiguinhos (baleias, tartarugas, tigres, águias) foram exterminados ou ameaçados; o ar (fumaça, chuva ácida, resíduos industriais) é fedorento e perdeu todo o sentido de equilíbrio; as reservas (combustíveis fósseis, carvão, metais) vão se esgotando; e está em preparo (holocausto nuclear) a completa autodestruição. Não somos capazes nem de alimentar todos os passageiros desta nave avariada. Ficamos tão nervosos e irritáveis que estamos prontos para os piores tipos de guerra: nacionalistas, raciais ou religiosas. Para muitos de nós, o holocausto nuclear não é mais uma ameaça, mas a bem-vinda libertação do medo, do tédio, da opressão e da escravidão.
Três mil anos de civilização e duzentos de acelerado progresso industrial deixaram a gente com uma enorme ressaca. A tal da economia se tornou um objetivo em si mesma, e está quase nos engolindo. Este hotel aterroriza seus hóspedes. Mesmo a gente sendo hóspede e hoteleiro ao mesmo tempo.
Esse é o primeiro capítulo do Manifesto Bolo'Bolo: "Uma Grande Ressaca".
Imagem: Guilha ( http://www.flickr.com/photos/pedrosoart )
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