Documentários

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

(IS)




Com frequência prefere-se chamá-lo, em vez de espectáculo, o mediático. E, assim, quer-se designar um simples instrumento, uma espécie de serviço público que geriria com imparcial a nova riqueza da comunicação de todos através dos mass media, comunicação enfim chegada à sua pureza unilateral, onde se faz admirar sossegadamente a decisão já tomada. Aquilo que é comunidado são ordens; e muito harmoniosamente, aqueles que as deram são igualmente aqueles que dirão aquilo que pensam delas. O Poder do espectáculo, que é tão essencialmente unitário, centralizador pela força própria das coisas, 

e perfeitamente despótico no seu espírito, indigna-se com frequência ao ver constituir-se dentro do seu reino uma política-espetáculo, uma justiça-espetáculo, ou tantos outros também surpreendentes. Assim, o espetáculo nada mais seria que o excesso do mediático, cuja natureza,
indiscutivelmente boa já serve para comunicar, é por vezes dada a excessos. Com muita frequência, os mestres da sociedade declaram-se mal servidos pelos seus empregados mediáticos; mais amiúde eles
censuram à plebe dos espectadores a sua tendência para se entregar sem moderação, e quase bestialmente,
aos prazeres mediáticos.


"Nós vivemos em uma sociedade do espetáculo, isto é, toda a nossa vida é envolta por uma imensa acumulação de espetáculos. As coisas que eram vivenciadas diretamente agora são vivenciadas através de um intermediário. A partir do momento que uma experiência é tirada do mundo real ela se torna um produto comercial. Como um produto comercial o "espetacular" é desenvolvido em detrimento do real. Ele se torna um substituto da experiência." 
-  trecho do livro 'Spectacular Times' de Larry Law.



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