Documentários

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

021

Rio, cidade-desespero

A vida é boa, mas só vive quem não tem medo

Olho aberto, malandragem não tem dó
Rio de Janeiro, cidade hardcore.
Arrastão na praia não tem problema algum
Chacina de menores é aqui, 021
Polícia, cocaína, Comando Vermelho
Sarajevo é brincadeira, aqui é o Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, demorô, é agora

Pra se virar tem que aprender na rua
O que não se aprende na escola
Segurança é subjetiva
Melhor ficar com um olho no padre e outro na missa
Situações acontecem sobre um calor inominável
Beleza convive lado a lado com um dia-dia miserável
Mesmo assim, não troco por lugar algum
Já disse: este é o meu lar.
Aqui, 021 “Cuidado pra não se queimar na praia do
arrastão”
É…Rio de Janeiro
“Aqui fazem sua segurança assassinando menor”
É…Rio de Janeiro
“A cidade é maravilhosa, mas se liga, mermão”
É…Rio de Janeiro
“Então fica de olho aberto, malandragem não tem dó”
É…Rio de Janeiro


É muito fácil falar de coisas tão belas

De frente pro mar, mas de costas pra favela
De lá de cima o que se vê é um enorme mar de sangue
Chacinas brutais, uma porrada de gangue
O Pão de Açúcar de lá o diabo amassou
Esse é o Rio e se você não conhece, bacana,
Tome cuidado, as aparências enganam
Aqui a lei do silêncio fala mais alto
Te calam por bem ou vai pro mato
Mas, de repente invadem a minha área, todos fardados
Eu tô ficando loco, ou tem alguma coisa errada?
Brincando com a vida do povo, então se liga na parada
Porque hoje ninguém sabe, ninguém viu.
Um dia alguns se cansam e “pow!”, guerra civil
Porque como diz o ditado, quando um não quer, dois não
brigam
Mas já que ‘cê tá pedindo, segura a ira
Porque a cabeça é fria, mas o sangue não é de barata
Esse é o Rio, mermão, o veneno da lata.


How how how faz o Papai Noel

Pow pow pow e nego não vai pro céu
Digo V de Vendeta, lírica bereta
Black Alien e família, soem as trombetas
Tomando de assalto a cidade que brilha
Mãos ao alto, vamos dançar a quadrilha 288 é formação
de quadrilha
Nome:Gustavo Ribeiro, a descrição do elemento
Primeiro é o olho vermelho, na mente, no momento
Como diz o Bispo, eu sou artista, esse é meu lixo
Acesso ao som restrito aos peritos
O dialeto se dito é um perigo, amigo
Para o consumo da alma sem abrigo
O ritmo e a raiva, a raiva e o ritmo



Cuidado pra não se queimar na praia do arrastão”

É…Rio de Janeiro
“Aqui fazem sua segurança assasinando menor”
É…Rio de Janeiro
“A cidade é maravilhosa, mas se liga, mermão”
É…Rio de Janeiro
“Então fica de olho aberto, malandragem não tem dó”
É…Rio de Janeiro


4 comentários:

  1. Os procedimentos dessa tal "Guerra ao Tráfico" são bem similares aos usados na tal "Guerra ao Terror" dos nossos hermanos do norte. Atentados terroristas contra a sociedade desencadeando uma resposta militar do estado. O povo em êxtase, babando com as imagens das armas de guerra. A mídia vergonhosamente apoiando as operações sem QUALQUER questionamento. Só vemos heróis, sucesso, vitória nas capas das revistas.

    Mas e aí... ninguém vai se perguntar: por que agora? O que motivou essa resposta enérgica do Estado mesmo sabendo do problema há pelo menos duas décadas? Tudo isso por alguns carros queimados? Foi só a defesa do patrimônio? Foi o medo dos cidadãos do asfalto? Foi a iminente Olímpiada e Copa do Mundo? Foi uma real tomada de território com destino final bem menos florido (as milícias)? E o suposto envolvimento do Cabral com as Milícias? E do secretário de segurança pública? Ninguém vai levantar UMA dúvida sequer?

    A resposta que a imprensa dá é que este é o momento de apoiarmos o Estado. Mais ou menos o que dizia a imprensa norte-americana durante a invasão do Iraque. Lembram-se?

    Mas tudo bem... se for pra resolver o problema... vale o sacrifício... Só que o problema NÃO vai ser resolvido. OS 500 e tantos traficantes que sobreviveram (sendo que os maiores provavelmente fizeram acordos com o Estado, como sempre fazem) vão voltar às suas atividades mais cedo ou mais tarde. E mesmo se matassem TODOS, amanhã haveria mais 500. Por quê? Porque a atividade rende BILHÕES de reais por ano. O maior trunfo do tráfico de drogas, assim como do terrorismo, é não existir um núcleo central. Ninguém manda, na verdade. O que manda é o capitalismo. É a oportunidade de ganhar MUITO dinheiro. Enquanto não acabarem com o motor por trás do tráfico (a própria proibição do tráfico), ele não vai acabar. Não adianta matar traficante, nem prender usuário.

    Resta esperar que de toda essa lambança saiam coisas boas para os outros (e mais importantes) problemas... que o Estado finalmente conquiste o território, como disse o rapaz no texto. Que ele chegue agora armado com ESCOLA, SAÚDE e OPORTUNIDADES ao invés de fuzis e tanques.

    ResponderExcluir
  2. http://www.ibase.br/modules.php?name=Conteudo&file=index&pa=showpage&pid=2961

    ResponderExcluir
  3. é melhor tu escutar pra n parecer loróta
    derrepente tem nove arrombando a tua porta
    com fuzil na mão e a cara encapuzada
    te jogam no chão, se bobiar ele te mata
    da tapa na tua cara se vc não ta de cara
    apaga logo a baga se não queres ir pra vala
    menos um traficante e mais um homicida
    poucos seguem as regras muitos pagam com a vida
    chamaram o exercito, e vieram com tanques
    mas os inimigos são aqueles nos palanques
    atacam a miséria e culpam o favelado
    a tv só mostra a história de um lado
    ta todo mundo rindo achando sensasional
    gente matando gente lá no jornal nacional
    me chamam de hipocrita, maconheiro, estático
    enquanto tu se ilude... plin plin! é fantástico!
    ta com medo de que? bala perdida é mato
    quero ver invadi o morro com educação de fato

    ResponderExcluir