Documentários

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Como se fosse a primeira vez

Carrego comigo o peso de uma alma lavada pela água intermitante dos céus. Observando ao redor, acompanhamos ao vivo e em alta definição a morte de soldados, fortemente armados.
Instigado pelo zoodíaco a fomentar dentro do meu ser uma dupla personalidade geminiana. Mas é claro que existe um lado puro e bom, como também um lado mal e sádico, que atordoa seus pensamentos e domina suas atitudes.
Envenenado divinamente, os efeitos da planta sagrada induzem os acasos a determinar seus passos. Eleva-se a temperatura e eu trago, indago. Fecho meus olhos esperando não mais retornar ao mesmo lugar. E é quando cai a máscara que volto ao tempo, em meio a mata, fungos e o sereno.
Com toda tranquilidade que só o desespero trás, assisto de cima da me uma árvore falsos pastores destruirem minha tribo, queimarem meu abrigo, catequização e genocídio. E da mesma forma que vim, outro dia acabo indo. Como quem quis mas não pôde, talvez mudar o destino.

Texto: João Estorvo

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