Documentários

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O FINAL, MENTE?


Hoje, no fim de meus dias de escravidão, 
de meus dias de provedor e macho,
 tornei-me pai de minha morte! 
Logo eu, que não tive filhos, que não tive casa,
 que não tive o deus de Jó!
Logo eu, que tive idéias, que tive filosofias, 
meus sonhos e monstros empilhados,
 como os  textos impublicáveis, 
que guardamos no armário das coisas nulas, 
tornei-me, ultimamente, pai de um fim.
 Daí os versos, daí tudo o mais...
 onde se diz, um dia, e finalmente:
 – Foda-se!

texto: Jõao José

Um comentário:

  1. genial essa foto.
    O texto, maravilhoso, real e uma pena ter que ser escrito.

    ResponderExcluir